Acredito
que há sempre um amanhã que nos dará uma nova oportunidade. Nem que seja para
melhorarmos os erros de hoje, de ontem ou de à um ano. Melhorarmos as palavras
que saíram num tom errado, acarinharmos quem desprezámos... Há quem diga que é
cliché. Temos
um amanhã que nos puxará para vermos um novo pôr-do-sol. Ou um daqueles fins de
tarde em que o céu se assemelha a algodão doce. Podemos acordar e sorrir a um
estranho, num virar de esquina, enquanto fazemos uma pequena maratona só porque
o autocarro decidiu chegar mais cedo.Por
vezes, faço-o, e senti-me tão cheia por dentro. Coisas que não se explicam, mas
que, por experiência própria, me ajudam a olhar noutra direção com mais
entusiasmo. Principiei
o caminho dos vinte, e sinceramente não sei o que é viver a vida à minha
maneira. E não, não é por ser uma pessoa mimada, sujeita a que “tudo caia do
céu” ou qualquer outra coisa que lhe queiram chamar – longe disso -, apenas não
sei. Não sei o que é lutar pelas pessoas, mas sei pedir desculpa no momento
certo. Não é de mim explicar os meus problemas, pedir ajuda, e/ou conselhos,
mas sei ser a primeira pessoa que corre para ajudar x ou y. Há quem diga que eu
penso mais nos outros do que em mim, e que isso é um erro enorme. Talvez porque
“tens um coração demasiado mole, e nem um pouco ingénuo” – dizem. Talvez
porque a estabilidade dos outros seja o principal e, só depois, triplicarei
forças para reforçar a minha. Talvez e só talvezes. Mas, e se eu não tiver um
amanhã, tem sempre um pôr-do-sol qualquer, e isso sem talvezes.
1 comentário:
Enquanto houver um amanhã para poder ser feliz estaremos sempre com preguiça de tentar hoje. Há que arregaçar as mangas e tentar melhorar o "hoje", pode ter começado mal mas ainda pode acabar bem, há sempre uma esperança.
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